segunda-feira, 11 de maio de 2009

Escola mais familia

Escola mais comunidade


Tanto a escola quanto a família gravitam em torno de um mesmo interesse: a criança, o adolescente ou o jovem. No entanto, existe uma relação tensa e conflituosa, onde a insatisfação e as queixas aparecem em ambos os lados.
A escola joga a culpa na família pelo fracasso de seus filhos, considerando-a desestruturada, assim como os professores queixam-se das famílias e dos alunos por conta de situações limites em que são xingados e desrespeitados por ambos. Em recente pesquisa realizada em cinco capitais brasileiras , foram encontradas circunstâncias que demarcam essas agressões a professores. Para a realização do estudo, além de grupos focais criados com professores, dois mil questionários foram respondidos por adultos de 113 escolas do ensino público.
Os resultados mostram que os professores reclamam da violência demonstrada não somente pelos alunos como também pelos pais, principalmente quando esses tomam o partido de seus filhos.

A escola tem dificuldade em aceitar crianças de classes desfavorecidas e medo do comportamento dos jovens dentro da instituição escolar. Espaços de diálogo podem gerar críticas e resultar em mal-estar às família.
Os pais, por sua vez, ficam distantes, não acompanham o cotidiano dos filhos e não facilitam o diálogo e a aproximação. Muitas vezes, isso ocorre não por falta de interesse, mas por não saber como se aproximar. Um exemplo disso é que, até hoje, não conseguem exigir da escola uma educação de qualidade, como se entre esses dois mundos - o da escola e o da casa - não existisse comunicação.
O que devem fazer a escola e a família? Como juntar pessoas que deveriam ter interesses idênticos em garantir o bem estar de crianças e adolescentes? O diálogo pode funcionar como uma palavra mágica. Escutar as queixas das famílias e as acusações da escola pode dar início a um processo de discussão sobre o espaço escolar e os deveres da família.
O que a escola deseja é que a família preste mais atenção em suas crianças e jovens e tentem resolver problemas que a escola se sente impotente e limitada.
E como se sente a família? São todos os pais que têm disponibilidade de acompanhar os filhos nos estudos? São todos os pais que sabem como fazê-lo? A resposta é não.
No entanto, poderíamos pensar em alguns pontos que os pais podem sim participar do cotidiano da escola, melhorando o clima de tensão existente entre os dois lados. A seguir, confira algumas sugestões de como propiciar essa aproximação.

Dicas para a família:

Aproximar-se da escola não somente para saber se os filhos se comportaram bem ou mal, mas também para discutir o que acontece na escola, a qualidade de ensino e as regras existentes. É preciso que conheçam e tenham possibilidade de conversar com o diretor(a) e com os professores(as);
Apoiar seus filhos nas atividades escolares, interessando-se pelo que fazem no período em que estão na escola, quais as matérias que gostam, quais as que não gostam e por que, quem são seus amigos etc. Isso dá aos pais a abertura para um diálogo que muitas vezes não existe e é desconhecido;
Ir às reuniões e poder discutir o que está certo e errado não somente com os filhos, mas também com a escola;
Ajudar as crianças e jovens a organizar o seu tempo em casa, auxiliando nos deveres escolares, conhecer as suas principais dificuldades;
Ler e ter livros em casa, mostrando que a leitura é fundamental.
Pesquisas nacionais e internacionais mostram que quanto mais a família tem livros em casa e lê, maior probabilidade de que a criança e o jovem melhorem o rendimento na escola.


Dicas para a escola:


Abrir o diálogo com os pais, discutindo as suas idéias e recomendações;
Receber os pais e fazer da escola um espaço aberto de diálogo e convivência;
Fazer com que as reuniões não sejam de queixas, mas sim de conteúdo e de alternativas, incentivando uma maior participação de pais e responsáveis nas atividades da escola, bem como um acompanhamento mais rigoroso da progressão educacional dos alunos;
Propiciar um ambiente de convivência, de aceitação e de diversidade;
Estimular a participação de alunos, professores e pais em debates, definição e divulgação das normas de funcionamento da escola, além dos mecanismos de sanção e punição;
Apoiar iniciativas de gestão democrática e participativa da escola, que contemple os interesses de todos os integrantes da comunidade escolar;
Despertar em alunos, professores, diretores e pais o sentimento de pertencimento à escola e à comunidade do entorno da escola;
Criar um serviço nas Secretarias de Educação e nos jornais locais para ouvir e acompanhar as principais denúncias e queixas de estudantes, professores e pais;
Principalmente deixar de ver a família como desestruturada e desinteressada.

A escola pode ensinar democracia em um contexto democrático e o trabalho com os pais é essencial neste sentido. Somente prestando contas de suas atividades e mudando as relações com as famílias, aceitando a diversidade, é que a escola pode se integrar às comunidades locais. É essa a escola do século XXI, onde se ensina com qualidade, onde se realiza a socialização de suas crianças e adolescentes e, por fim, onde se cria um espaço central da afirmação da cidadania.





Nome: Inaiara De Mello Silva e Silvia Helena De Oliveira Garcia.

3 comentários:

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